A sabedoria do meu professor de processo civil
Domingo, 23 de março de 2025
13:18 horas
Acabei de sair do banho e, pra variar, tive umas 45 ideias de temas sobre os quais escrever.
Como não estou com tempo nem saco para escrever todos, selecionei um aleatoriamente.
E, lógico, esse texto começa com uma história.
O meu professor de processo civil, cujo nome manterei em sigilo, resmungava todas as aulas: Aquele juizinho safado da 48ª vara cível de Pirapora do Norte quis indeferir minha contestação, mas como eu sou infinitamente mais esperto e inteligente, dei-lhe uma rasteira jurídica e pimba! Ele foi obrigado a deferir a minha peça processual.
Eu estou exagerando um bocado, mas a história é mais ou menos isso.
Toda aula ele reclamava de um juiz diferente.
Eu, com minha inocência e burrice, achava que ele tinha inveja, recalque dos juízes, que passaram em concurso público e ele não.
Não poderia estar mais errada.
Anos depois, frequentando as varas cíveis, trabalhistas e criminais do Rio de Janeiro, puder ver, em carne, osso e petições, como aquele professor estava coberto de razão.
É lógico que não posso generalizar. Temos juízes excelentes país afora, mas uma gorda quantidade deles, está aí mais para prejudicar que ajudar advogados e partes.
Mas isso não é o ponto a que eu quero chegar.
A questão é, apenas damos crédito quando passamos pelo perrengue. Lembra do “Ver para Crer?
Mais ou menos por aí.
O legal mesmo é aprender com os perrengues dos outros, pra gente não precisar se ferrar duas vezes e economizar tempo.
Então, aqui vão algumas dicas, na minha área, lógico, que te farão economizar um tempo de valor:
1) Leia todos os dias. Assuntos variados, livros e textos variados. Mas, leia.
2) Escreva todos os dias. Pode ser um diário, uma carta, como esta que estou escrevendo, ou o capítulo de um livro que talvez nunca seja publicado. Mas, escreva.
3) Ande com gente mais inteligente que você. Se não puder andar com eles, leia-os ou faça os cursos deles.
4) Tenha certeza de que sempre haverá alguém que sabe menos que você. Então, ensine o que você sabe. Na internet, pessoalmente, em uma sala de aula. Passe o seu conhecimento adiante.
5) Ninguém está nem aí pra você. Então, importe-se menos e poste os textos, os vídeos e os posts que você estiver a fim. Só preste atenção para não ofender ninguém e não cometer crimes. Tenha noção.
É isso. Espero que a carta de hoje tenha sido útil pra você.
Barbara Garrett